sábado, 27 de agosto de 2011

Espionagem: Líder do PS quer esclarecimentos sobre o caso e confessa-se inseguro

Torres Vedras, 27 ago (Lusa)


O líder do PS pediu hoje esclarecimentos sobre uma alegada espionagem a um jornalista pelos serviços de informações e admitiu que não se sente seguro.

“Julgava que já não me surpreendia com notícias relativamente aos Serviços Secretos e fiquei muito preocupado com a notícia de hoje do Expresso”, afirmou António José Seguro aos jornalistas em Torres Vedras.

O secretário-geral do PS defendeu que “deve haver esclarecimentos por parte de quem tutela esse serviço para que todas as dúvidas acabem de uma vez” sobre o caso e sobre as “medidas de segurança que existem nas empresas de telecomunicações para que situações como esta não voltem a existir”.


António José Seguro falava após a sessão de encerramento do acampamento nacional da Juventude Socialista que termina hoje em Santa Cruz, no concelho de Torres Vedras.

Seguro, que considerou haver “responsabilidades criminais” para as operadoras de telemóvel, admitiu mesmo que “sente uma certa insegurança em relação a essas matérias”.

“É inaceitável que um jornalista não tenha sossego num trabalho em que está a prestar um serviço público ao país e que o resultado do seu trabalho seja fornecido pela sua empresa de comunicações”, disse, numa alusão à alegada disponibilização da lista de contactos do repórter por parte da empresa de telecomunicações Optimus.

O jornal Expresso noticia hoje que o Serviço de Informações Estratégicas do Estado (SIED) “espiou” o telemóvel de um antigo jornalista do Público, Nuno Simas, atualmente diretor adjunto de informação da Lusa, “com o objetivo de descobrir as eventuais fontes do jornalista”.

FYC(JH)/Lusa

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