terça-feira, 30 de agosto de 2011

Marques Júnior quer apurar origem de fugas de dados

30.08.2011 - 14:46 Por Maria José Oliveira

O presidente do Conselho de Fiscalização dos serviços de informação disse à TSF que estão a ser realizadas “actividades intensas” para apurar a origem das “informações veiculadas para a comunicação social”. Ao PÚBLICO, contudo, afirma que a sua única preocupação é saber “quem pediu e quem deu” os dados telefónicos do jornalista.

Em declarações à TSF, Marques Júnior, que preside ao Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), manifestou preocupação com as fugas de informação das “secretas” para os media. E adiantou que têm vindo a ser realizadas “actividades intensas (...) no que se refere à questão de saber se estas informações veiculadas para a comunicação social são informações que saem de dentro do sistema ou se é algo que sai fora do sistema”.

Marques Júnior avança com a hipótese de “alguém, inclusivamente um funcionário dos serviços de informação”, estar a agir “à margem do funcionamento” do sistema, fornecendo “notícias ou informações a troco não sei de quê”.


O responsável afirmou ainda que dentro dos serviços “tudo está registado” e lembrou que o SIS (Serviço de Informações de Segurança) e o SIED (Serviço de Informações Estratégicas de Defesa) possuem redes distintas de informações: “Não é possível um contacto entre a rede interna e a rede externa, que contacta com outras entidades e outras pessoas.”

Ao PÚBLICO, Marques Júnior negou, porém, estar interessado em apurar as “fontes do Expresso”. “Isso é irrelevante”, afirmou, apontando contudo que “lamenta” o fornecimento de “dados que perturbam o funcionamento dos serviços”.

Neste momento, o CFSIRP só tem “uma preocupação”: “Saber quem deu a lista de dados telefónicos do jornalista. Quem pediu e quem deu. O resto é irrelevante.”

(Notícia actualizada às 19h15)

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