24.09.2011 - 15:33, Por:PÚBLICO online
"O funcionário da Optimus suspeito de ter passado a um agente dos serviços de informação a lista de chamadas de ex-jornalista do PÚBLICO foi constituído arguido pela Polícia Judiciária.
O funcionário da operadora de comunicações foi surpreendido na última quinta-feira à tarde por uma operação de buscas à sede da Optimus no Porto, avança hoje o semanário Expresso.
Segundo o jornal, os inspectores da PJ entraram no edifício da operadora para surpresa geral dos trabalhadores e foram directos à secretária do colaborador de quem suspeitam ter acedido a uma lista de telefonemas e mensagens do telemóvel do ex-jornalista do PÚBLICO Nuno Simas e de as ter dado a um espião do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED).
Na sequência da operação da Judiciária, o funcionário passou, segundo o Expresso, a termo de identidade e residência, arrisca-se a uma pena de prisão e poderá ser alvo de um processo disciplinar por violação do código de conduta e o termo de responsabilidade a que os trabalhadores estão obrigados a respeitar.
A lista fornecida ao espião, conhecida por “lista de compras”, diz respeito a chamadas de Nuno Simas, entre 19 de Julho e 12 de Agosto do ano passado, quando o ex-jornalista do PÚBLICO e actual director-adjunto da agência Lusa investigava as secretas.
O jornal avança que a operadora do grupo Sonae (também proprietário do PÚBLICO) conduziu uma investigação interna nas últimas três semanas, tendo entregue o resultado dessa auditoria (pronta no final da semana passada) à equipa do Ministério Público coordenada pela procuradora Teresa Almeida, no Departamento de Investigação e Acção Penal.
De acordo com o Expresso, a Optimus conseguiu identificar com sucesso o funcionário que terá fornecido a lista de chamadas pelo facto de guardar os access logs dos colaboradores, ou seja, os nomes dos utilizadores e as palavras-passe de acesso à base de dados. A auditoria interna concluiu que o funcionário em causa acedeu duas vezes à lista de chamadas e que, numa delas, imprimiu e exportou os registos telefónicos.
Os resultados do inquérito dos serviços secretos a pedido do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foram enviados para o Ministério Público no mesmo dia em que ocorreu a operação de buscas na sede da Optimus.
As secretas não apuraram quem, dentro do SIED – onde na altura Jorge Silva Carvalho era director-geral, actual quadro da Ongoing –, pediu o registo das chamadas de Nuno Simas, não tendo conseguido confirmar se o documento é verídico".
"O funcionário da Optimus suspeito de ter passado a um agente dos serviços de informação a lista de chamadas de ex-jornalista do PÚBLICO foi constituído arguido pela Polícia Judiciária.
O funcionário da operadora de comunicações foi surpreendido na última quinta-feira à tarde por uma operação de buscas à sede da Optimus no Porto, avança hoje o semanário Expresso.
Segundo o jornal, os inspectores da PJ entraram no edifício da operadora para surpresa geral dos trabalhadores e foram directos à secretária do colaborador de quem suspeitam ter acedido a uma lista de telefonemas e mensagens do telemóvel do ex-jornalista do PÚBLICO Nuno Simas e de as ter dado a um espião do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED).
Na sequência da operação da Judiciária, o funcionário passou, segundo o Expresso, a termo de identidade e residência, arrisca-se a uma pena de prisão e poderá ser alvo de um processo disciplinar por violação do código de conduta e o termo de responsabilidade a que os trabalhadores estão obrigados a respeitar.
A lista fornecida ao espião, conhecida por “lista de compras”, diz respeito a chamadas de Nuno Simas, entre 19 de Julho e 12 de Agosto do ano passado, quando o ex-jornalista do PÚBLICO e actual director-adjunto da agência Lusa investigava as secretas.
O jornal avança que a operadora do grupo Sonae (também proprietário do PÚBLICO) conduziu uma investigação interna nas últimas três semanas, tendo entregue o resultado dessa auditoria (pronta no final da semana passada) à equipa do Ministério Público coordenada pela procuradora Teresa Almeida, no Departamento de Investigação e Acção Penal.
De acordo com o Expresso, a Optimus conseguiu identificar com sucesso o funcionário que terá fornecido a lista de chamadas pelo facto de guardar os access logs dos colaboradores, ou seja, os nomes dos utilizadores e as palavras-passe de acesso à base de dados. A auditoria interna concluiu que o funcionário em causa acedeu duas vezes à lista de chamadas e que, numa delas, imprimiu e exportou os registos telefónicos.
Os resultados do inquérito dos serviços secretos a pedido do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, foram enviados para o Ministério Público no mesmo dia em que ocorreu a operação de buscas na sede da Optimus.
As secretas não apuraram quem, dentro do SIED – onde na altura Jorge Silva Carvalho era director-geral, actual quadro da Ongoing –, pediu o registo das chamadas de Nuno Simas, não tendo conseguido confirmar se o documento é verídico".
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