segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Crise da dívida pública vai marcar economia global até 2013 - Fórum Económico Mundial

Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidas, 10 out (Lusa)

A crise da dívida pública é a tendência que terá mais impacto na economia global nos próximos 12 a 18 meses, segundo uma sondagem do Fórum Económico Mundial, hoje divulgada.

Os resultados, apresentados na abertura de uma cimeira do Fórum, que decorre em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) mostram outras tendências com impacto na agenda global de 2012: incerteza das perspetivas económicas, mudanças nas lideranças mundiais, revolução digital, desorientação política, instabilidade dos mercados financeiros, escassez de recursos, alterações climáticas e desemprego e desigualdade.


“A principal tendência – crise da dívida pública – indica uma preocupação crescente relativamente à dívida na Europa, nos EUA e no Japão, e o receio de que se estenda a outras regiões”, referiu o diretor geral do evento, Borge Brende.

De acordo com a sondagem, realizada junto de um painel composto por quase 500 especialistas mundiais, a incerteza das perspetivas económicas deve-se à incapacidade dos principais países industrializados recuperarem o crescimento económico, bem como ao aumento do desemprego e continuação da crise na Europa.

A instabilidade dos mercados financeiros está associada à falta de um sistema regulador globalmente aceite que resulta em políticas orçamentais desastrosas em vários países.

As mudanças nas lideranças mundiais significam que o centro de gravidade está a transferir-se das economias mais maduras para as economias emergentes.

A desorientação política reflete a incapacidade das instituições políticas para gerir questões complexas, bem como as promessas e gastos excessivos dos governos para obterem vantagens de curto prazo.

As alterações climáticas e os recursos escassos, associados ao consumo desregrado, continuam a ser apontados como ameaças.

A desigualdade a nível económico e social tem potencial para alimentar conflitos a nível nacional e internacional.

RCR/Lusa

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