Lisboa, 11 out (Lusa)
O secretário-geral do PS, António José Seguro, admitiu hoje que a hipótese dos socialistas votarem contra o Orçamento do Estado para 2012 “é reduzidíssima”, dizendo que a probabilidade de tal acontecer é de “0,001 por cento”.
No Fórum TSF, Seguro reiterou que quer ver primeiro a proposta de Orçamento do Governo antes de anunciar o sentido de voto do partido, mas garantiu já que “o PS fará parte da solução”.
“Compreendo que é necessário dar um sinal político forte quanto à convicção que as pricipais forças políticas têm de que é necessário sair da crise mas isso não me dispensa de olhar para o conteúdo da proposta do Orçamento do Estado”, salientou.
Questionado sobre se exclui o voto contra a proposta orçamental do Governo, Seguro respondeu: “A probabilidade de isso acontecer é reduzidíssima, é reduzidíssima, é de 0,001 por cento”.
Sobre o que poderia justificar o voto contra, Seguro confessou não estar a encontrar “uma situação em concreto que levasse o PS a votar não”.
O líder do PS disse que em breve irá encontrar-se com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a propósito do Orçamento, e anunciou que na próxima semana irá iniciar um périplo pelas principais capitais europeias, onde terá encontros, nomeadamente, com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e com Jacques Delors.
Sobre os resultados do PS nas eleições legislativas regionais da Madeira, em que o partido passou a terceira força política e perdeu votos e um deputado, Seguro recordou que, logo no domingo, pediu um novo ciclo no PS-Madeira, referindo que os socialistas madeirenses vão ter em breve um congresso.
"PS nunca chegou aos 30 por cento na Madeira, está muito longe daquele que é o seu papel na política portuguesa e isso acontece exclusivamente na Madeira. Como não é pontual, é recorrente, é necessário que haja uma reflexão", disse.
Questionado se gostaria de ver novos rostos à frente do PS-Madeira, Seguro diz que "o problema não tem a ver com rostos", elogiando o trabalho do cabeça de lista na região, Maximiano Martins. "O problema é anterior, é de base, tem muito a ver com a forma como se faz política na Madeira".
SMA/Lusa
DELITO há dez anos
Há 2 horas
Sem comentários:
Enviar um comentário