sexta feira,7 de outubro de 2011-Expresso on line
Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram distinguidas com o Nobel da Paz 2011 pela sua luta pelos direitos cívicos das mulheres.
Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram distinguidas com o Nobel da Paz 2011 pela sua luta pelos direitos cívicos das mulheres.
A Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a as ativistas dos direitos humanos Leymah Gbowee e Tawakkul Karman foram hoje distinguidas com o Nobel da Paz 2011 "pela luta pacífica em defesa da segurança das mulheres e dos direitos das mulheres na participação total no trabalho de construção da paz".
"Não podemos alcançar a democracia e uma paz duradoura no mundo a não ser que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens para influenciar o desenvolvimentos social a todos os níveis", argumenta o Comité Nobel norueguês.
A liberiana Ellen Johnson Sirleaf, 72 anos, economista formada na Universidade de Harvard (EUA), foi a primeira mulher a ser eleita Presidente de um país africano em 2005. Para tal, entendeu o Comité Nobel, muito contribuiu a sua compatriota Leymah Gbowee, mobilizando mulheres de diferentes etnias para a participação no ato eleitoral.
"A guerreira da paz"
Para combater a guerra civil que alastrou na Libéria até 2003, Leymah Roberta Gbowee recorreu à oração e exortou as mulheres a seguirem-lhe o exemplo, fazendo com que muitas e começassem a rezar, vestidas de branco, sem distinção de religião ou etnia.
O movimento expandiu-se durante o conflito, até à convocação de uma greve de sexo, que forçou o regime de Charles Taylor a associá-las às negociações de paz, tendo participado na Comissão Verdade e Reconciliação.
A luta das liberianas pela paz "não é uma história de guerra tradicional. Trata-se de um exército de mulheres vestidas de branco, que se levantaram quando ninguém queria, sem medo, porque as piores coisas imagináveis já lhes tinham acontecido", escreve Leymah Roberta Gbowee na sua autobiografia.
"Trata-se da forma como encontrámos a força moral, a perseverança e a coragem de levantar as nossas vozes contra a guerra e restabelecer o bom senso no nosso país", adianta.
Leymah Gbowee, conhecida na cena internacional como "a guerreira da paz", fundou e dirige várias organizações de mulheres.
Jornalista e revolucionária
Desde 2007, Tawakkul Karman, 32 anos, tem desempenhado, segundo o comité Nobel, um papel central na luta pelos direitos das mulheres e pela democracia no Iémen.
Esta jornalista que também é membro do principal partido islâmico do Iémen, o Al-Islah, liderou a organização "Mulheres Jornalistas sem Correntes", um grupo um grupo que defende a liberdade de expressão.
Tawakel Karman participa ativamente na organização dos protestos no Iémen contra o governo do Presidente Ali Abdullah Saleh, que se iniciaram no final de janeiro.
Detida várias vezes pelas forças do regime, esta mãe de três filhos encontrou nas revoltas populares do Egito (janeiro) e Tunísia (fevereiro) novas forças para protestar, liderando as manifestações pacíficas semanais na Universidade de Sanaa desde então.
"Com duas guerras civis, a presença da Al-Qaeda e 40 por cento de desempregados, de que é que o presidente Saleh está à espera? Ele tem de abandonar o poder agora", disse em março deste ano ao diário britânico "The Guardian".
Karman tem sido objeto de atenção de países ocidentais pela defesa dos direitos humanos, embora, segundo a revista "Time", o partido a que pertence, o Al-Islah, seja visto com fortes reservas pela comunidade internacional porque o seu mais destacado membro é um antigo conselheiro de Osama bin Laden, Abdul Majeed al-Zindani.
"Não podemos alcançar a democracia e uma paz duradoura no mundo a não ser que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens para influenciar o desenvolvimentos social a todos os níveis", argumenta o Comité Nobel norueguês.
A liberiana Ellen Johnson Sirleaf, 72 anos, economista formada na Universidade de Harvard (EUA), foi a primeira mulher a ser eleita Presidente de um país africano em 2005. Para tal, entendeu o Comité Nobel, muito contribuiu a sua compatriota Leymah Gbowee, mobilizando mulheres de diferentes etnias para a participação no ato eleitoral.
"A guerreira da paz"
Para combater a guerra civil que alastrou na Libéria até 2003, Leymah Roberta Gbowee recorreu à oração e exortou as mulheres a seguirem-lhe o exemplo, fazendo com que muitas e começassem a rezar, vestidas de branco, sem distinção de religião ou etnia.
O movimento expandiu-se durante o conflito, até à convocação de uma greve de sexo, que forçou o regime de Charles Taylor a associá-las às negociações de paz, tendo participado na Comissão Verdade e Reconciliação.
A luta das liberianas pela paz "não é uma história de guerra tradicional. Trata-se de um exército de mulheres vestidas de branco, que se levantaram quando ninguém queria, sem medo, porque as piores coisas imagináveis já lhes tinham acontecido", escreve Leymah Roberta Gbowee na sua autobiografia.
"Trata-se da forma como encontrámos a força moral, a perseverança e a coragem de levantar as nossas vozes contra a guerra e restabelecer o bom senso no nosso país", adianta.
Leymah Gbowee, conhecida na cena internacional como "a guerreira da paz", fundou e dirige várias organizações de mulheres.
Jornalista e revolucionária
Desde 2007, Tawakkul Karman, 32 anos, tem desempenhado, segundo o comité Nobel, um papel central na luta pelos direitos das mulheres e pela democracia no Iémen.
Esta jornalista que também é membro do principal partido islâmico do Iémen, o Al-Islah, liderou a organização "Mulheres Jornalistas sem Correntes", um grupo um grupo que defende a liberdade de expressão.
Tawakel Karman participa ativamente na organização dos protestos no Iémen contra o governo do Presidente Ali Abdullah Saleh, que se iniciaram no final de janeiro.
Detida várias vezes pelas forças do regime, esta mãe de três filhos encontrou nas revoltas populares do Egito (janeiro) e Tunísia (fevereiro) novas forças para protestar, liderando as manifestações pacíficas semanais na Universidade de Sanaa desde então.
"Com duas guerras civis, a presença da Al-Qaeda e 40 por cento de desempregados, de que é que o presidente Saleh está à espera? Ele tem de abandonar o poder agora", disse em março deste ano ao diário britânico "The Guardian".
Karman tem sido objeto de atenção de países ocidentais pela defesa dos direitos humanos, embora, segundo a revista "Time", o partido a que pertence, o Al-Islah, seja visto com fortes reservas pela comunidade internacional porque o seu mais destacado membro é um antigo conselheiro de Osama bin Laden, Abdul Majeed al-Zindani.
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