O ex-ministro Augusto Santos Silva disse hoje que "mais uma vez se mostra o enorme embuste político que foi e é a ação do PSD e CDS", lamentando que "este Governo faça gala de ir além do memorando da troika".
Questionado pela Agência Lusa à entrada para um debate promovido pela JS Porto sobre "Portugal, hoje: reflexão sobre o futuro", Augusto Santos Silva disse ver "com muita preocupação" as medidas de austeridade previstas no Orçamento do Estado para 2012 hoje anunciadas pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
"Em primeiro lugar, demonstra-se mais uma vez a irresponsabilidade daqueles que provocaram uma crise política no passado mês de março, precipitaram eleições antecipadas em Portugal e sobretudo impediram o país de negociar, em condições mais favoráveis, um acordo com as instituições e obrigaram o país a precipitar-se nos braços da troika", lamentou.
Para o ex-ministro da Defesa Nacional do último Governo de José Sócrates, "mais uma vez se mostra o enorme embuste político que foi e é a ação do PSD e do CDS", realçando que "tudo quanto o PSD e o CDS - e sobretudo o PSD - disseram na campanha estão a desdizer agora".
"Tudo se resolvia pela redução da Taxa Social Única, o primeiro-ministro acaba de anunciar que não haver nenhuma alteração na TSU; tudo se resolvia com cortes nos consumos intermédios do Estado, não era preciso sequer mexer no 13º mês deste ano e vê-se que as únicas soluções que este Governo consegue conceber é corte de salários, corte nas transferências sociais e aumento dos impostos", enumerou à Agência Lusa.
Santos Silva explicou ainda que "estas medidas são muito preocupantes porque todas elas são recessivas e vão agravar as dificuldades da economia portuguesa".
"Aliás, quem tiver ouvido o primeiro-ministro sabe que não ouviu uma única palavra sobre medidas de crescimento económico", criticou.
O socialista lamentou ainda que o atual Governo "faça gala de ir além do memorando da troika".
O primeiro-ministro anunciou hoje que as medidas do OE2012 visam garantir o cumprimento dos acordos internacionais, e que passam, entre outras, pela eliminação do subsídio de férias e de natal para os funcionários públicos com vencimentos ou pensões acima de mil euros por mês, enquanto durar o programa de ajustamento financeiro, até ao final de 2013.
Os vencimentos situados entre o salário mínimo e os 1000 euros ficarão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um só destes subsídios.
As pensões acima do salário mínimo e abaixo de mil euros sofrerão, em média, a eliminação de um dos subsídios.
O chefe do Governo afirmou que há um desvio orçamental de 3 mil milhões de euros e anunciou também que o executivo vai reduzir o número de feriados e permitir que as empresas privadas aumentem o horário de trabalho em meia hora por dia, sem remuneração adicional.
JF/Lusa
Questionado pela Agência Lusa à entrada para um debate promovido pela JS Porto sobre "Portugal, hoje: reflexão sobre o futuro", Augusto Santos Silva disse ver "com muita preocupação" as medidas de austeridade previstas no Orçamento do Estado para 2012 hoje anunciadas pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
"Em primeiro lugar, demonstra-se mais uma vez a irresponsabilidade daqueles que provocaram uma crise política no passado mês de março, precipitaram eleições antecipadas em Portugal e sobretudo impediram o país de negociar, em condições mais favoráveis, um acordo com as instituições e obrigaram o país a precipitar-se nos braços da troika", lamentou.
Para o ex-ministro da Defesa Nacional do último Governo de José Sócrates, "mais uma vez se mostra o enorme embuste político que foi e é a ação do PSD e do CDS", realçando que "tudo quanto o PSD e o CDS - e sobretudo o PSD - disseram na campanha estão a desdizer agora".
"Tudo se resolvia pela redução da Taxa Social Única, o primeiro-ministro acaba de anunciar que não haver nenhuma alteração na TSU; tudo se resolvia com cortes nos consumos intermédios do Estado, não era preciso sequer mexer no 13º mês deste ano e vê-se que as únicas soluções que este Governo consegue conceber é corte de salários, corte nas transferências sociais e aumento dos impostos", enumerou à Agência Lusa.
Santos Silva explicou ainda que "estas medidas são muito preocupantes porque todas elas são recessivas e vão agravar as dificuldades da economia portuguesa".
"Aliás, quem tiver ouvido o primeiro-ministro sabe que não ouviu uma única palavra sobre medidas de crescimento económico", criticou.
O socialista lamentou ainda que o atual Governo "faça gala de ir além do memorando da troika".
O primeiro-ministro anunciou hoje que as medidas do OE2012 visam garantir o cumprimento dos acordos internacionais, e que passam, entre outras, pela eliminação do subsídio de férias e de natal para os funcionários públicos com vencimentos ou pensões acima de mil euros por mês, enquanto durar o programa de ajustamento financeiro, até ao final de 2013.
Os vencimentos situados entre o salário mínimo e os 1000 euros ficarão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um só destes subsídios.
As pensões acima do salário mínimo e abaixo de mil euros sofrerão, em média, a eliminação de um dos subsídios.
O chefe do Governo afirmou que há um desvio orçamental de 3 mil milhões de euros e anunciou também que o executivo vai reduzir o número de feriados e permitir que as empresas privadas aumentem o horário de trabalho em meia hora por dia, sem remuneração adicional.
JF/Lusa
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