Braga, 10 set (Lusa)
Francisco Assis foi hoje aplaudido de pé no Congresso do PS, declarando encerrada a disputa com António José Seguro, num discurso em que criticou a “intimidade” de Cavaco Silva com o Governo e defendeu a herança “socrática”.
“Podes contar comigo”, afirmou o ex-líder parlamentar do PS e candidato derrotado ao cargo de secretário-geral nas eleições diretas de julho, dirigindo-se ao vencedor da disputa interna, António José Seguro, durante o discurso de apresentação da sua moção de estratégia.
Francisco Assis foi hoje aplaudido de pé no Congresso do PS, declarando encerrada a disputa com António José Seguro, num discurso em que criticou a “intimidade” de Cavaco Silva com o Governo e defendeu a herança “socrática”.
“Podes contar comigo”, afirmou o ex-líder parlamentar do PS e candidato derrotado ao cargo de secretário-geral nas eleições diretas de julho, dirigindo-se ao vencedor da disputa interna, António José Seguro, durante o discurso de apresentação da sua moção de estratégia.
Já depois de ter recebido prolongadas salvas de palmas por parte dos delegados, Francisco Assis voltou a garantir que recusa ser um líder de fação, elogiou o discurso proferido pelo novo secretário-geral na abertura do congresso [na sexta-feira] e levantou a plateia ao assumir em sentido contrário uma famosa frase da autoria do ex-presidente do PSD Pedro Santana Lopes.
“Eu não vou andar por aí, eu vou estar por aqui ao vosso lado. Temos de sair daqui como um partido que sabe reconduzir-se à unidade. Os portugueses estão à espera que os socialistas se unam para criarem uma alternativa sólida”, declarou na parte final da sua intervenção, que durou 28 minutos.
O candidato derrotado à liderança do PS preferiu centrar o seu discurso no ataque ao executivo de coligação PSD/CDS, que disse ter condições únicas para governar, já que dispõe de maioria absoluta no Parlamento, dispõe de hegemonia nas autarquias e “entre os comentadores das televisões”, contando, ainda, com a “cooperação ativa e íntima” do Presidente da República.
Assis disse mesmo que esse comportamento de Cavaco Silva “contrasta com a atuação que teve com o Governo anterior [de José Sócrates] na última fase da sua vida.
Em relação ao Governo liderado por Pedro Passos Coelho, o ex-líder parlamentar socialista deu como exemplo da sua alegada insensibilidade social “o caso chocante” de se pretender limitar o número de transplantes a realizar em Portugal.
“Não estamos a falar de uma cirurgia estética, mas da fronteira entre a vida e a morte”, disse, antes de advertir que Portugal, face à ação do atual Governo, “corre o risco de enfrentar uma cisão histórica com a destruição e empobrecimento de uma grande parte da classe média portuguesa”.
Neste ponto, Assis citou o filosofo Aristóteles e considerou que não há sociedade democrática saudável sem a existência de uma classe média forte, razão pela qual, na sua perspetiva, o discurso de oposição dos socialistas deve dirigir-se prioritariamente a estes grupos sociais.
Apesar de nunca ter atacado a linha maioritária, o candidato da tendência minoritária deixou alguns recados à futura direção liderada por António José Seguro sobre a herança dos governos de José Sócrates.
“Não podemos aderir à falsificação do relato e à revisão da História feitas pela direita sobre estes últimos seus anos. O legado dos últimos seis anos não é o défice, a dívida e o desemprego, mas o grande salto na qualificação das pessoas e a modernização da economia portuguesa. Temos de nos orgulhar desse legado e sabê-lo projetar no futuro”, disse.
PMF/Lusa
“Eu não vou andar por aí, eu vou estar por aqui ao vosso lado. Temos de sair daqui como um partido que sabe reconduzir-se à unidade. Os portugueses estão à espera que os socialistas se unam para criarem uma alternativa sólida”, declarou na parte final da sua intervenção, que durou 28 minutos.
O candidato derrotado à liderança do PS preferiu centrar o seu discurso no ataque ao executivo de coligação PSD/CDS, que disse ter condições únicas para governar, já que dispõe de maioria absoluta no Parlamento, dispõe de hegemonia nas autarquias e “entre os comentadores das televisões”, contando, ainda, com a “cooperação ativa e íntima” do Presidente da República.
Assis disse mesmo que esse comportamento de Cavaco Silva “contrasta com a atuação que teve com o Governo anterior [de José Sócrates] na última fase da sua vida.
Em relação ao Governo liderado por Pedro Passos Coelho, o ex-líder parlamentar socialista deu como exemplo da sua alegada insensibilidade social “o caso chocante” de se pretender limitar o número de transplantes a realizar em Portugal.
“Não estamos a falar de uma cirurgia estética, mas da fronteira entre a vida e a morte”, disse, antes de advertir que Portugal, face à ação do atual Governo, “corre o risco de enfrentar uma cisão histórica com a destruição e empobrecimento de uma grande parte da classe média portuguesa”.
Neste ponto, Assis citou o filosofo Aristóteles e considerou que não há sociedade democrática saudável sem a existência de uma classe média forte, razão pela qual, na sua perspetiva, o discurso de oposição dos socialistas deve dirigir-se prioritariamente a estes grupos sociais.
Apesar de nunca ter atacado a linha maioritária, o candidato da tendência minoritária deixou alguns recados à futura direção liderada por António José Seguro sobre a herança dos governos de José Sócrates.
“Não podemos aderir à falsificação do relato e à revisão da História feitas pela direita sobre estes últimos seus anos. O legado dos últimos seis anos não é o défice, a dívida e o desemprego, mas o grande salto na qualificação das pessoas e a modernização da economia portuguesa. Temos de nos orgulhar desse legado e sabê-lo projetar no futuro”, disse.
PMF/Lusa
1 comentário:
Um forte abraço, aqui do Brasil...
Vim visitá-lo e saber um pouquinho do que se passa por aí, é bom ficar informada...
Muita sorte pra vocês, portugueses!!!
Torço pelo bem de todos.
Mery
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