quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Euro/Crise: Merkel diz que Portugal recuperou confiança dos mercados

Bruxelas, Bélgica 05/10/2011 18:12 (LUSA)

A chanceler alemã, Angela Merkel, deu hoje Portugal como exemplo de um país que recuperou a confiança dos mercados por ter implementado de forma apropriada as medidas de austeridade firmadas com a 'troika'.

Questionada em Bruxelas sobre o corte de 'rating' de hoje da agência de notação financeira Moody's à Itália, a chanceler deu Portugal como exemplo de um país que voltou a ganhar a "confiança dos mercados" após sucessivas descidas de 'rating'.

"Todos os países europeus voltarão a ter confiança, vimos isso no caso de Portugal, se as medidas forem genuinamente implementadas", considerou a chanceler.


A Moody's cortou na terça-feira o 'rating' da Itália em três níveis, de Aa2 para A2.

Merkel, que falava hoje numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, disse que a Zona Euro tem de sair da atual crise financeira com mais força: "No futuro vamos precisar de mais Europa", sustentou.

A chanceler apelou também, como havia feito antes em conferência com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, ao alargamento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), uma questão de "solidariedade europeia" e uma medida necessária para que todos os Estados-membros "ponham a sua casa em ordem".

Questionada sobre os passos a seguir numa eventual ratificação da banca, Merkel apontou três cenários: um primeiro, onde os próprios bancos assumem o processo; um segundo, quando os bancos não o consigam fazer, que passe pelo uso de fundos disponibilizados pelo Estado; e um terceiro, quando o país em concreto estiver em dificuldades e a "estabilidade do euro estiver em perigo" e em que entra em cena o FEEF.

Eventuais alterações ao Tratado de Lisboa para melhorar o funcionamento da Zona Euro e aumentar a confiança dos mercados foram também novamente admitidas pela chanceler.

"Só porque foi difícil ratificar o Tratado de Lisboa não quer dizer que nas próximas três décadas não possamos mudar nada", declarou.

PPF/Lusa

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